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Campo de concentração de Bergen-Belsen é libertado pelos Aliados

Por History Channel Brasil em 12 de Abril de 2019 às 18:36 HS
Campo de concentração de Bergen-Belsen é libertado pelos Aliados-0

Em 15 de abril de 1945, tropas aliadas libertaram o campo de concentração de Bergen-Belsen, na Alemanha. Entre 1941 e o fim da Segunda Guerra Mundial foram mortos pelos nazistas no local ao menos 50 mil presos, entre judeus, comunistas e homossexuais, além de 20 mil prisioneiros soviéticos. A menina Anne Frank e sua irmã Margot estavam entre as vítimas.

Na verdade, o complexo de Bergen-Belsen, que ficava no norte do país, era constituído por vários campos. Havia três principais: o de prisioneiros de guerra, o de "residência" e o de "prisioneiros". Até 1943, o local era exclusivamente um campo para prisioneiros de guerra. 

Durante sua existência, judeus, prisioneiros de guerra, prisioneiros políticos, ciganos roma, criminosos, Testemunhas de Jeová e homossexuais ficaram encarcerados no complexo. Estima-se que 120 mil presos tenham passado pelo local. Quando os Aliados começaram a avançar na Alemanha, no final de 1944 e início de 1945, o local também passou a receber milhares de prisioneiros judeus evacuados de outros campos.

No início de 1945, as péssimas condições sanitárias resultaram em um surto de doenças como tifo, tuberculose e disenteria. Essas epidemias resultaram na morte de dezenas de milhares de prisioneiros.

Quando os britânicos liberaram o campo, encontraram lá cerca de 60 mil prisioneiros, a maioria gravemente doente. Eles estavam há dias sem água ou comida. Milhares de corpos estavam espalhados a céu aberto. Mais de 13 mil ex-prisioneiros morreram após serem libertados, pois estavam muito debilitados. Depois de evacuarem Bergen-Belsen, os Aliados queimaram o campo para impedir a disseminação do tifo.

No período em que Bergen-Belsen operou, pelo menos 480 pessoas trabalharam no local como guardas ou funcionários. Antes da entregarem o campo aos Aliados, os nazistas conseguiram destruir seus arquivos administrativos, apagando a maioria das evidências sobre os processos burocráticos por trás dos horrores do campo de concentração.


Imagem: Prisioneiras libertadas em Bergen-Belsen recebem sua porção de pão; Imperial War Museums, via Wikimedia Commons