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Por que a medicina inca é estudada até hoje?

Por History Channel Brasil em 10 de Fevereiro de 2016 às 00:08 HS
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O Império Inca irradiava do seu centro, a cidade de Cusco, conhecimento científico e religioso, que transcendeu sua época e é, ainda hoje, fruto dos estudos mais diversos.

A medicina inca não apenas procurou tratar os sintomas das doenças, mas também se dedicou a questionar suas causas, unindo, assim, tanto os aspectos biológicos quanto os psicológicos de cada paciente.

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A cultura inca praticou a medicina tradicionalmente baseada no uso de plantas medicinais e rituais de magia ou conjuros energéticos relacionados ao aspecto religioso. Dessa maneira, os que a exerciam eram diferentes herbanários (hampa-camayoc), curandeiros (sancoyoc) ou xamãs (macsa ou sayac), que agiam nos sintomas e especialmente nas causas de uma doença, através de limpezas corporais e espirituais. Os rituais costumavam incluir uma grande parte da comunidade, que dançava e cantava por horas, e até dias, para chegar à cura.

Ervas e raízes

A eficácia da medicina inca foi comprovada nos relatos dos primeiros colonos espanhóis, que, inclusive, difundiram os benefícios curativos das ervas e das raízes medicinais dos incas em toda a Europa, estabelecendo as primeiras escolas ocidentais para o estudo científico das plantas.

Na cosmogonia dos incas, qualquer doença obedecia à ação de um espírito maligno, que intervia no corpo de um mortal. Desse modo, e por causa de um mal maior, eles chegaram a realizar cirurgias, trepanando o crânio de um paciente para expulsar uma entidade maligna. O método incluía um anestésico, que podia ser feito à base de folhas de coca, bebidas alcoólicas ou plantas soníferas. Eles utilizavam instrumentos cirúrgicos simples, embora eficazes, como o tumi, para abrir crânios, e o vilcachina, para extrair objetos de dentro dos órgãos.

Controle da saúde

No entanto, o império inca se destacou pelo controle minucioso da saúde que realizava em toda sua população, que chegou a ser contabilizada em até 12 milhões de pessoas, através de registros feitos à base de lã atada, único sistema de escrita de que eles dispunham.

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Fonte: onirogenia.com 

Imagem: Carlos E. Santa Maria/Shutterstock.com