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Tumba de 1.500 anos achada no México revela segredos de antigas civilizações 

Segundo os pesquisadores, os indivíduos sepultados no local faziam parte da tradição mixteco-zapoteca
Por History Channel Brasil em 09 de Novembro de 2023 às 11:46 HS
Tumba de 1.500 anos achada no México revela segredos de antigas civilizações -0

Escavações no México revelaram uma tumba pré-colombiana intacta de 1.500 anos contendo diversos esqueletos. Segundo o Instituto Nacional de Antropologia e História do país (INAH), a estrutura fazia parte da tradição mixteco-zapoteca, duas das civilizações mais antigas da Mesoamérica. Os arqueólogos acreditam que o sepultamento está inserido no contexto de um rito de adoração aos ancestrais, presumivelmente celebrado por uma linhagem de guerreiros mercantes.

Complexo funerário

A descoberta aconteceu durante obras de urbanização em uma rua em San Juan Ixcaquixtla. Segundo o arqueólogo Alberto Diez-Barroso Repizo, o povoado, situado numa colina com vista para um vale, foi construído sobre um impressionante sítio arqueológico. Nos anos de 2004 e 2013, outras duas tumbas do período já haviam sido encontradas no local.

Vasos de cerâmica e "yugo"
Vasos de cerâmica e "yugo"

Até o momento, duas câmaras medindo 4x2m foram identificadas na tumba, que fazia parte de um complexo funerário maior. Esses espaços continham três sepulturas com restos mortais de pelo menos duas dezenas de indivíduos. No local, também foram encontrados 150 vasos de cerâmica, um machado votivo e três "yugos" de tradição mesoamericana (elementos escultóricos em forma de “U”, geralmente associado a oferendas).

Diez-Barroso afirmou que, a julgar pela forma e decoração da tradição da louça cerâmica, o contexto funerário corresponde ao período clássico mesoamericano (100-650 d.C.). “Os sepultamentos fazem parte de uma tradição mortuária na qual foram criados espaços para a deposição de múltiplos indivíduos, que possivelmente faziam parte de alguma linhagem de guerreiros mercantes, pelo que estaríamos perante um ritual de culto aos antepassados, uma vez que alguns ossos pertencem a adultos mais velhos”, afirmou.

Fontes
INAH
Imagens
INAH/Divulgação