Inicio

Exército secreto de adolescentes foi recrutado para combater nazistas na Grã-Bretanha

Projeto incluía muitas garotas que foram treinadas para enfrentar uma invasão dos alemães
Por History Channel Brasil em 04 de Janeiro de 2022 às 12:56 HS
Exército secreto de adolescentes foi recrutado para combater nazistas na Grã-Bretanha-0

A Grã-Bretanha treinou um exército de adolescentes para enfrentar nazistas em caso de uma invasão alemã durante a Segunda Guerra Mundial. O projeto permaneceu em segredo por mais de 70 anos e só agora seus detalhes começam a ser revelados. A iniciativa foi batizada de Seção VII.

Invasão nazista

A informação acaba de ser revelada pela primeira vez em um livro chamado Britain's Secret Defences: Civilian Saboteurs, Spies and Assassins ("Defesas Secretas da Grã-Bretanha: Sabotadores Civis, Espiões e Assassinos", em tradução livre), escrito pelo historiador Andrew Chatterton. De acordo com a obra, a unidade era composta por adolescentes, incluindo muitas garotas. Esses jovens foram treinados para o caso de as forças de Hitler algum dia invadirem a Grã-Bretanha.

Muito pouco se sabia sobre essa força de resistência até agora, pois a Grã-Bretanha nunca foi invadida e todos os jovens tiveram que assinar o Ato de Segredos Oficiais ao ingressar na unidade. Segundo o novo livro, os adolescentes receberam treinamento para fazer coquetéis molotov, descarrilar trens, além de aprenderem técnicas de combate desarmado e autodefesa. Entre os recrutados estava Irene Lockley, que revelou a sua filha Jenny antes de morrer que ela tinha sido treinada para "matar, mutilar e causar o máximo de prejuízo possível ao inimigo".

"Deve ter havido centenas, senão milhares desses garotos inscritos (no projeto). Então, caso os alemães tivessem invadido, esse pessoal teria feito tudo o que pudesse para sabotar a ocupação", disse Chatterton em entrevista ao Daily Mail. "Na verdade, havia camadas inteiras de defesa civil a postos para o caso de uma invasão alemã", completou.

Fontes
Daily Mail
Imagens
Domínio Público, via Wikimedia Commons