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Astrônomos recalculam a possibilidade de colisão do asteroide Apophis com a Terra

Pesquisadores divulgaram nova atualização sobre a aproximação do objeto espacial com o nosso planeta
Por History Channel Brasil em 07 de Março de 2024 às 13:05 HS
Astrônomos recalculam a possibilidade de colisão do asteroide Apophis com a Terra-0

Quando foi descoberto em 2004, o Apophis foi considerado um dos asteroides mais perigosos, devido ao seu risco de colidir com a Terra. Mas essa avaliação mudou ao longo dos anos, depois que os astrônomos identificaram melhor a órbita do objeto espacial e concluíram que ele não deveria atingir nosso planeta. Agora, pesquisadores divulgaram uma nova atualização sobre a possibilidade de impacto da rocha espacial com a superfície terrestre.

Rota alterada

O Apophis tem 340 metros de largura e foi batizado em homenagem ao deus egípcio do caos. De acordo com a NASA, em 13 de abril de 2029 ele passará praticamente raspando pelos satélites que orbitam a Terra, mas não apresenta risco de colisão. O novo estudo, liderado pelo astrônomo Paul Wiegert, da Universidade Western, no Canadá, analisa se seria possível que o asteroide atingisse nosso planeta caso sua órbita fosse alterada pelo choque com outro objeto espacial.

Os pesquisadores computaram as trajetórias de todos os 1,3 milhão de asteroides conhecidos no Sistema Solar para investigar a possibilidade de outro asteroide colidir com o Apophis e redirecionar sua trajetória prevista em direção à Terra. “Calculamos as trajetórias de todos os asteroides conhecidos usando uma simulação computacional detalhada do nosso Sistema Solar e avaliamos a possibilidade de um evento tão improvável”, disse Wiegert. 

Os resultados da pesquisa, publicada no periódico Planetary Science Journal, apontam que o risco de o Apophis colidir com um asteroide conhecido é quase zero. “O Apophis nos fascina desde a sua descoberta em 2004: foi a primeira ameaça plausível de um asteroide ao nosso planeta”, afirmou Wiegert. “Mesmo agora que sabemos que ele não deve nos atingir por uma margem segura, os astrônomos permanecem vigilantes. É o asteroide que simplesmente não podemos parar de monitorar”, concluiu.

Fontes
Universidade Western
Imagens
iStock