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14 / Março / 1879
18 / Abril / 1955

Albert Einstein

Por History Channel Brasil em 18 de Maio de 2017 às 18:12 HS
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BIOGRAFIAS

Albert Einstein era um físico alemão, que desenvolveu a teoria da relatividade. Ele é considerado o físico mais influente do século XX.

Nascido em Ulm, Württemberg, Alemanha, em 1879, Albert Einstein desenvolveu as teorias da relatividade. Em 1921, ele ganhou o Prêmio Nobel de Física por sua explicação do efeito fotoelétrico. Einstein é considerado o físico mais influente do século XX. Ele morreu em 18 de abril de 1955, em Princeton, Nova Jersey.

 

Infância e juventude

Nascido em 14 de março de 1879 em Ulm, Württemberg, Alemanha, Albert Einstein cresceu em um uma família judaica de classe média. Seu pai, Hermann Einstein, foi um vendedor e engenheiro que, junto com seu irmão, fundou a Elektrotechnische Fabrik J. Einstein & Cie, uma empresa que fabricava equipamentos elétricos em Munique. Sua mãe, Pauline Kock, cuidava da casa da família. Einsten teve uma irmã, Maja, dois anos mais nova.

Einstein frequentou a escola fundamental no Luitpold Gymnasium, Munique. Ele gostava de música clássica, mas se sentia sufocado com a rígida educação prussiana. Ele também tinha um problema de fala, e precisava falar devagar e com pausas. Einstein dizia que dois acontecimentos marcaram sua infância: conhecer um compasso, aos 5 anos, e um livro de geometria, aos 12.

 

Movimento relativo

Em 1889, a família Einstein convidou o estudante de medicina Max Talmud para fazer uma refeição em sua casa. Talmud se tornou um tutor informal para o jovem Albert. Em um dos livros que compartilhou com Einstein, o autor se imaginava andando ao lado da eletricidade contida em um fio telegráfico. O menino então começou a pensar como um raio de luz se pareceria se você pudesse correr ao lado dele na mesma velocidade. Se a luz fosse uma onda, então o raio de luz se pareceria estacionário, como uma onda congelada, mesmo que, na realidade, o raio estivesse se mexendo. Esse paradoxo o fez escrever seu primeiro “artigo científico”, aos 16 anos: "The Investigation of the State of Aether in Magnetic Fields" (“A Investigação do Estado do Éter em Campos Magnéticos”). Essa questão do movimento relativo iria permear seus pensamentos nos próximos dez anos.

Em 1894, a empresa de seu pai não conseguiu um contrato importante para eletrificar a cidade de Munique e foi forçado a se mudar para Milão, Itália. Albert foi deixado na casa de um parente para terminar os estudos. Ele, entretanto, cansado do rigor da escola, usou um atestado médico alegando exaustão nervosa e foi para Milão com os pais.

Para terminar o ensino médio, ele entrou em uma escola especial, gerenciada por Jost Winteler, em Arau, Suíça. Ele ficou muito amigo da família Winteler e se apaixonou por Marie, a filha de Jost.

 

Casamento e família


Einstein relembrava os tempos em Zurique como os melhores anos de sua vida. Lá, ele conheceu muitos amigos e também sua futura esposa, Mileva Maric, uma estudante de Física da Sérvia.

Einsten entrou no Instituto Politécnico da Suíça e se graduou. Após isso, enfrentou muitas crises. Como ele gostava de estudar por conta própria, ele faltava aulas e ganhou a inimizade de muitos professores. Um deles era Heinrich Weber, que escreveu uma carta dizendo que Einstein não deveria ser aceito em nenhuma posição acadêmica. Além disso, seus pais se opunham ao relacionamento com Maric, por conta de sua origem e religião ortodoxa. Einstein e Maric continuaram juntos e até tiveram uma filha em 1902, que, ou faleceu de alguma doença ou foi dada para a adoção – os fatos são desconhecidos.

Desesperado e desempregado, Einstein aceitou empregos de tutor para crianças, mas não prosseguiu. Em 1902, entretanto, o pai de seu amigo de longa data Marcel Grossman o recomendou para um cargo de atendente no escritório de patentes da Suíça, em Bern. Nessa época, o pai de Einstein fica muito doente e, antes de morrer, dá sua bênção para o casamento com Maric. Einstein então se casa em 1903 e, em 1904, tem um filho, Hans Albert. Eduard, o segundo filho, nasceu em 1910.

 

O ano do milagre

No escritório, Albert Einstein avaliava patentes para dispositivos eletromagnéticos. Ele dominou o trabalho rapidamente, e lhe sobrava tempo para refletir sobre a transmissão de sinais elétricos e a sincronização eletromecânica. Na escola politécnica, ele estudou as teorias eletromagnéticas do físico escocês James Maxwell, que descreviam a natureza da luz, e descobriu um fato que nem Maxwell sabia: que a velocidade da luz era constante. Porém, isso violava as leis do movimento de Isaac Newton. Isso levou Einstein a formular o princípio da relatividade.

O ano de 1905 é considerado o “ano do milagre” para Einstein. Ele entrou no doutorado e teve quatro artigos publicado no Annalen der Physik, uma das melhores publicações de Física. Os artigos alterariam o curso da Física moderna e voltariam as atenções do mundo acadêmico para Einstein. No seu artigo sobre matéria e energia, Einstein deduziu a famosa equação E=mc².

No início, os artigos de Einstein foram ignorados pela comunidade acadêmica, mas isso mudou quando eles receberam a atenção de Max Planck, talvez o físico mais renomado da época. Com sua confirmação das teorias, Einstein viu sua carreira emergir, e começou a realizar palestras internacionais e a ser convidado a assumir várias posições no meio acadêmico. Na Universidade de Berlim, ele foi diretor do Instituto Kaiser Wilhelm de Física, de 1913 a 1933.

Com a fama, o casamento de Einstein ruiu e ele começou um caso com uma prima, Elsa Löwenthal, com a qual se casou mais tarde, após divorciar-se de Mileva em 1919. A condição de Mileva foi que ela recebesse o dinheiro caso um dia Einstein recebesse um Nobel.

 

Teoria da Relatividade

Em novembro de 1915, Einstein completou a teoria geral da relatividade, que ele considerou sua obra-prima. Em 1921, recebeu o Prêmio Nobel de Física por sua explicação sobre o efeito fotoelétrico.

Na década de 20, Einstein lançou a nova ciência da cosmologia. Suas equações diziam que o universo era dinâmico, ora expandindo, ora contraindo, contradizendo teorias prévias de que o universo era estático, que ele mesmo endossava. Em 1929, o astrônomo Edwin Hubble descobriu que realmente o universo estava expandindo, confirmando o trabalho de Einstein.

Enquanto Einstein rodava o mundo para falar sobre suas novas teorias, os nazistas estavam conquistando o poder, sob a liderança de Adolph Hitler. Em 1931, os nazistas denunciaram Einstein e outros teóricos sob a alegação de praticarem “Física judaica”. Einstein também soube que ele era alvo dos nazistas para ser assassinado.

 

Mudança para os Estados Unidos

Em 1932, Einstein decidiu deixar a Alemanha para sempre. Ele obteve uma posição no Institute for Advanced Study (Instituto para Estudo Avançado), em Princeton, Nova Jersey, que se tornou uma Meca para físicos ao redor do mundo. Lá, ele passaria o resto de sua carreira tentando desenvolver uma teoria do campo unificado – que unifica as forças do universo e leis da Física – e refutar a interpretação aceita da Física quântica.

No verão de 1939, Einstein foi persuadido a escrever uma carta para o presidente Franklin D. Roosevelt para alertá-lo da possibilidade de uma bomba nazista. Acredita-se que a carta é o fator-chave que motivou os Estados Unidos a investigar sobre armas nucleares. Roosevelt encontrou-se com Einstein e logo após os Estados Unidos iniciaram o Projeto Manhattan.

Albert Einstein se tornou cidadão norte-americano em  1940. O Projeto Manhattan foi levado adiante, mas Einstein nunca foi convidado para fazer parte dele. Isso se deu provavelmente porque o governo não confiava em Einstein, por conta de sua associação com organizações de paz e socialistas.

Em agosto de 1945, Einstein estava de férias e soube que uma bomba atômica havia sido detonada em Hiroshima, no Japão. Ele se envolveu em um esforço internacional para conter a bomba e, em 1946, formou o Comitê de Emergência de Cientistas Atômicos. No ano seguinte, escreveu um artigo dizendo que os EUA não deveriam monopolizar a bomba atômica. Ele também se tornou um membro da National Association for the Advancement of Colored People (Associação Nacional para o Avanço de Pessoas de Cor), em prol dos afroamericanos.

Após a guerra, Einstein continuou a trabalhar em vários aspectos da teoria geral da relatividade, como buracos de minhoca, a possibilidade de viajar no tempo, buracos negros, a criação do universo, etc. No entanto, ele ficou muito isolado do resto da comunidade de físicos, por conta de seus estudos obsessivos.  Na última década de sua vida, ele renunciou à vida pública.

 

Cérebro removido

Em abril de 1955, enquanto se preparava para um discurso em comemoração ao aniversário de Israel, Einstein sofreu um aneurisma abdominal e hemorragia interna. Ele foi internado, mas recusou a cirurgia, alegando que já tinha vivido tudo que podia viver. Ele morreu na manhã seguinte, em 18 de abril de 1955, aos 76 anos.
Durante a autópsia, Thomas Stoltz Harvey removeu o cérebro de Einstein sem a permissão da família, para preservação e estudo futuro. Ele está agora localizado no Princeton University Medical Center.

 


Imagem: Oren Jack Turner [Domínio público], via Wikimedia Commons