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Cientistas encontram novas evidências da existência do Planeta 9

Estudo indica a presença desse corpo celeste misterioso nos confins do Sistema Solar
Por History Channel Brasil em 28 de Abril de 2024 às 13:09 HS
Cientistas encontram novas evidências da existência do Planeta 9-0

Há décadas, astrônomos tentam provar que existe mais um planeta no Sistema Solar. A existência do chamado Planeta 9 foi proposta com base em observações de objetos distantes além de Netuno, que parecem ser influenciados pela atração gravitacional de um corpo celeste grande, porém não visível. Agora, um novo estudo defende que foram encontradas novas evidências de que ele está realmente lá.

Simulações computacionais

O estudo, aceito para publicação no periódico The Astrophysical Journal Letters, é assinado por cientistas planetários do Instituto de Tecnologia da Califórnia – Caltech (EUA), Universidade Côte d'Azur (França) e Instituto de Pesquisa do Sudoeste (EUA). O trabalho envolveu rastrear os movimentos de objetos de longo período que cruzam a órbita de Netuno e exibem movimentos irregulares durante sua jornada. Essas observações foram utilizadas para criar múltiplas simulações computacionais, cada uma representando diferentes cenários.

Além de considerar o impacto da atração gravitacional de Netuno, a equipe também adicionou dados para levar em conta o que veio a ser conhecido como maré galáctica, uma combinação de forças exercidas por objetos da Via Láctea além do Sistema Solar. Os cientistas descobriram que a explicação mais plausível para o comportamento dos objetos era a interferência da gravidade exercida por um grande planeta distante. Apesar disso, as simulações não permitiram a identificação da localização do planeta.

Em 2015, a mesma equipe de pesquisadores do Caltech encontrou evidências matemáticas para a existência de um planeta com mais de dez vezes a massa da Terra orbitando o Sol a uma imensa distância, mais de 20 vezes mais distante do que Netuno (que por si só está mais de 30 vezes mais distante do que a Terra). A pesquisa feita naquela ocasião sugeriu que esse Planeta Nove poderia levar entre 10 mil e 20 mil anos terrestres para orbitar o Sol apenas uma vez, seguindo um caminho longo e elíptico.

"Eu acho muito improvável que o Planeta 9 não exista. Atualmente, não há outras explicações para os efeitos que observamos, nem para os inúmeros outros efeitos induzidos pelo Planeta 9 que vemos no Sistema Solar," disse Michael Brown, coautor do estudo e professor da Caltech, em entrevista à Newsweek.

Fontes
Phys.org e Newsweek
Imagens
istock